PlanaFlor realiza 1º workshop com stakeholders
O Projeto PlanaFlor iniciou uma rodada de workshops e consultas a stakeholders no dia 6 de julho, na FGV, em São Paulo, para apresentação da matriz estratégica de objetivos e ações para acelerar a implementação do Código Florestal no Brasil nos próximos anos. O propósito do encontro foi ouvir representantes da sociedade civil, incluindo pesquisadores e lideranças do movimento ambientalista, para contribuições ao planejamento e elaboração do documento final, que será apresentado aos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais no final de agosto.
A abertura do evento foi feita pelo Diretor da Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Walfredo Schindler, que destacou a importância da participação das entidades presentes para o aperfeiçoamento das propostas apresentadas. O presidente do Conselho Consultivo do PlanaFlor, Joaquim Levy, destacou o esforço da equipe em desenhar uma modelagem que terá impacto direto no reflorestamento, na restauração de áreas degradadas, no microclima e na geração emprego e renda para os brasileiros. “Por trás dessas propostas, temos o trabalho de inovação sobre o uso produtivo da terra e recuperação do solo. O plano terá metas e vamos apresentar o custo direto disto”, enfatizou Levy.
O Gerente do Projeto na BVRio, Marcelo Hercowitz, fez uma apresentação sobre as mensagens-chave do PlanaFlor e as etapas do projeto até 2025. “Todos os oito objetivos têm metas e indicadores que serão monitorados nos próximos quatro anos e irão demonstrar os impactos positivos, econômicos, sociais e ambientais, que serão gerados”, destacou.
Para realização das dinâmicas em grupos foi utilizada a metodologia conhecida como ‘World Café’ e para categorização das ações o método de diálogo ‘Open Space’. “Na primeira dinâmica, fizemos quatro rodadas de conversa entre os participantes e, depois, aprofundamos com a sinalização das pessoas sobre que ações eram essenciais, importantes ou não essenciais”, comentou Sandra Quinteiro, facilitadora da San Quinteiro Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Sobre o PlanaFlor
O PlanaFlor é um conjunto de diretrizes estratégicas, organizadas na forma de um plano nacional estratégico de desenvolvimento sustentável, desenhado para reconhecer, valorizar e promover os ativos ambientais, econômicos e sociais, a partir da efetiva implementação do Código Florestal. Acesse aqui para mais informações.
Com uma equipe de especialistas e um Conselho Consultivo de membros altamente qualificados, o PlanaFlor iniciou suas atividades em 2021 com um amplo diagnóstico dos desafios e oportunidades relacionadas à implementação do Código Florestal. O projeto é realizado pela parceria entre BVRio, Conservation Strategy Fund-Brasil, Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável e Fundação Getúlio Vargas, incluindo consultores especialistas em diferentes áreas, e é financiado pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad). A Norad firmou acordos com 39 organizações como parte da Iniciativa Internacional para o Clima e as Florestas (NICFI) da Noruega para o período de 2021-2025. O PlanaFlor é um dos projetos beneficiados.
Sobre o “Novo Código Florestal”
O “Novo Código Florestal Brasileiro” (Lei Federal 12.651, de 2012) é um dos instrumentos de política pública ambiental mais relevantes da atualidade. A Lei foi adotada após um longo processo de debate político, sendo os resultados obtidos frutos do entendimento possível entre os diversos setores envolvidos.
A implementação desta lei tem o potencial de gerar uma melhoria significativa da governança relacionada ao uso do solo, com substanciais contribuições para a conservação da biodiversidade e para o armazenamento de carbono, colocando o setor rural brasileiro na vanguarda mundial da sustentabilidade. Se integralmente implementada, o Código Florestal tem o potencial de conservar mais de 150 milhões de hectares de vegetação nativa no Brasil, sequestrando cerca de 100 GtCO2e.