BVRio se junta à aliança para a expansão do Mercado Voluntário de Carbono na Ásia
Durante a COP na semana passada, a BVRio assinou um Memorando de Entendimento (MoU) multilateral, juntamente com outras organizações, marcando a formação de uma aliança para a expansão do Mercado Voluntário de Carbono (VCM) na Ásia, e um mercado de créditos de carbono baseado em tecnologia – o ‘Mecanismo de Créditos de Proteção Ambiental’ (EPCM), liderado pela ampresa coreana SK Group.
Outros participantes deste MoU multilateral incluem SK Inc., SK E&S, ecosecurities, Shinhan Investment Corp, PwC Consulting, o Centro de Certificação de Redução de Carbono da Câmara de Comércio e Indústria da Coreia, Korea Hydro & Nuclear Power, Korea South-East Power Co., Hartree e o Centro de Tecnologia Climática da Universidade Nacional de Seul, totalizando 11 instituições.
O EPCM adota uma abordagem inovadora, envolvendo a venda antecipada de créditos de carbono que serão emitidos com base em tecnologias de redução de carbono. Tradicionalmente, o VCM tem se concentrado predominantemente em iniciativas de redução de carbono de soluções baseadas na natureza, como reflorestamento e conservação florestal, que são emitidos e vendidos após a certificação dos resultados dos projetos.
O EPCM, por sua vez, representa um sistema de pré-negociação e vendas antecipadas de créditos baseados em tecnologia, onde centros de certificação emitem Créditos de Proteção Ambiental (EPCs) com base nas reduções de carbono esperadas de empresas de tecnologia. Desse modo, o mecanismo permite que empresas de tecnologia garantam financiamento antecipado para financiar suas tecnologias de redução de carbono, enquanto os compradores podem adquirir créditos de tecnologia a preços competitivos.
Pedro Moura Costa, diretor da BVRio, enfatizou “a necessidade de créditos baseados em tecnologia como parte do esforço global para descarbonizar e atingir a meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050”.
Durante a cerimônia de assinatura, os signatários do MoU do EPCM anunciaram um esforço conjunto para emitir os primeiros Créditos de Proteção Ambiental (EPC) em 2024. Eles também têm como objetivo lançar oficialmente esta iniciativa na COP29 no próximo ano, expandindo seus participantes corporativos. Além disso, em colaboração com o Centro de Certificação da Câmara de Comércio e Indústria da Coreia, pretendem desenvolver e expandir a emissão e negociação de EPC para 12 tecnologias promissoras de redução de carbono, incluindo produção de hidrogênio, reciclagem de plástico e captura e armazenamento de carbono.
A SK, sob a liderança do compromisso do Presidente Chey Tae-won com metas de zero emissões líquidas, tem explorado metodologias para incentivar empresas com tecnologias de redução de carbono. Como resultado, na COP28, a SK desempenhou um papel de destaque como facilitadora da coalizão EPCM para dinamizar o ecossistema do mercado voluntário de carbono na Ásia. O Presidente Chey estabeleceu anteriormente uma meta ambiciosa no Seminário de CEOs de 2021 para contribuir para a redução de 200 milhões de toneladas de carbono até 2030, representando 1% da meta global de redução de carbono.
Especificamente, na cerimônia de MOU, a SK revelou sua visão de promover a comercialização de tecnologias de redução de carbono e incentivar o comércio de EPC para estimular o mercado voluntário de crédito de carbono. Com base em sua experiência em tecnologia e certificação no mercado de carbono asiático, que representa aproximadamente 60% das emissões globais de carbono, a SK planeja expandir gradualmente para o mercado global após estabelecer suas capacidades de redução de carbono e garantir um histórico de emissão e negociação de créditos.
Kim Moo-hwan, chefe do Green Investment Center da SK Inc., afirmou: “O EPCM desempenhará um papel crucial em acelerar o início da redução de carbono baseada em tecnologia, incentivando empresas inovadoras. A coalizão EPCM está dedicada a participar de esforços de redução de carbono robusta para enfrentar o desafio global das mudanças climáticas. A ‘Aliança EPCM’ se esforçará para enfrentar o desafio global das mudanças climáticas promovendo atividades de redução de carbono”, acrescentou.